"Com efeito, pelo sacramento da Confirmação, os fiéis são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras" (Catecismo da Igreja Católica, n. 1285)
Água Benta - Holy Water
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Fábio Graa
on domingo, 30 de outubro de 2011
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Pessoal, recomendo que assistam este video atentamente. Abraço.
A Liberdade
Como vimos na última formação, Deus nos pede amá-lo como resposta ao seu amor. De fato, Deus nos amou primeiro e espera que Lhe respondamos com o nosso amor. Porém, aqui é que está algo muito profundo: Deus, mesmo sendo Onipotente, não nos força a nada; Ele somente espera.
Deus demonstra, deste modo, que nos fez livres e, no dia a dia, nós podemos constatar isso: nós tomamos decisões, nós escolhemos entre várias coisas, nós fazemos planos para a nossa vida, nós temos o poder de dizer sim ou não. E tudo isto somente é possível porque Deus nos fez livres.
A liberdade não é uma característica de todos os seres vivos. Na verdade, ela é um dom altíssimo e, para existir, é preciso haver, também, outras duas coisas: a inteligência e a vontade.
Deus nos dotou dessas duas características; pela inteligência nós compreendemos o mundo, a nós mesmos e podemos também saber sobre Deus e sobre o Seu plano por nós. Pela vontade, nós podemos aceitar ou recusar as coisas. A liberdade, então, surgiria da união dessas duas características - a inteligência e a vontade -, pois elas nos permitem tomar atitudes conscientes e decisões refletidas.
Convém, então, distinguir a autêntica liberdade da mera possibilidade. Esta segunda - a possibilidade - seria a liberdade reduzida à vontade somente, ou a um mau uso da inteligência, como quando alguém comete um crime. Um exemplo: quando estamos diante de alguém que nos incomoda, nós devemos usar a nossa liberdade para, ou nos retirarmos, ou tentarmos suportar a pessoa e melhorar o nosso contato com ela. No entanto, nós também temos a possibilidade de bater nela. Essa segunda atitude deu-se de modo irrefletido, isto é, sem avaliar direito a situação, e se reduziu, por esse motivo, a uma mera ação inconsequente.
A liberdade, portanto, sendo também uso da inteligência, está sempre voltada para o bem, para o correto, para a verdade. Enquanto a mera possibilidade olha o bem e o mal com indiferença: um e outro são possíveis. Quando nós usamos da nossa liberdade para o bem, ela vai se tornando mais perfeita e adquirimos hábitos virtuosos e uma vida cada vez mais plena de harmonia.
Quando, ao contrário, mesmo sendo pessoas livres, usamos dessa liberdade para o erro, nós sofremos um decréscimo de liberdade, isto é, a nossa liberdade fica menor e, se nos acostumamos a agir assim, cairemos em algum vício; o vício é um hábito ruim que dificulta a prática do bem.
Entendamos, enfim, isso: nós somos livres e essa liberdade deve se orientar para uma escolha pessoal do bem e da verdade. É o que Deus espera que façamos quando Ele nos convida a uma vida santa. Ele nos mostra o bem e espera que nós, pela nossa liberdade, escolhamos este bem. Porém, nós poderemos também recusar a proposta de Deus e, se fizermos isso, Ele irá respeitar a nossa escolha.
Acontece que tanto a nossa aceitação quanto a nossa recusa de Deus implicará em consequências com as quais teremos de lidar. É o assunto para a próxima formação.
Angelus
Pessoal, ponho aqui o Angelus, uma oração tradicional católica, que pode ser rezada às 12h ou às 18h, todos os dias. Fica a nossa recomendação para que vocês adquiram este santo costume. Acima, vai um video em que o Angelus é cantado em latim e as legendas estão em latim e inglês. Abaixo, ponho a letra da oração em português.
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O Anjo do Senhor anunciou a Maria
E Ela concebeu do Espírito Santo
Ave Maria...
Eis a Serva do Senhor
Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra
Ave Maria...
E o Verbo se fez carne
E habitou entre nós
Ave Maria
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Infundi, Senhor, nós vos pedimos, a Vossa graça em nossas almas, para que nós, que conhecemos, pela Anunciação do Anjo, a Encarnação de Jesus Cristo, Vosso Filho, cheguemos, por sua Paixão e morte na cruz, à glória da Ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.
O Amor
Meditávamos na formação passada como Deus quis se revelar a nós. Ele providenciou tudo: deu-nos uma inteligência com uma inclinação natural à verdade e, por fim, veio Ele mesmo nos saciar com esta verdade que é Ele próprio: "Eu sou a Verdade".
O catecismo nos ensina que a finalidade da nossa vida é "conhecer, amar e servir a Deus". É pela fé que conhecemos a Deus. Portanto, sem a Fé, não poderíamos realizar o anseio profundo das nossas almas. Percebemos, então, que há um traço que permeia toda esta dinâmica da Fé: é a bondade de Deus, o seu amor perfeito que quis Se revelar e, portanto, permitir que O conhecêssemos e fôssemos felizes.
Este amor se expressa em absolutamente tudo quanto Deus faz. A simples existência das criaturas é manifestação deste amor. Em verdade, Deus é absolutamente feliz em Si mesmo. Ele não sente nenhuma necessidade de outras coisas. Se nos fez, não foi para que supríssemos uma necessidade ou um desejo Seu de ser louvado. O desejo indica falta. Nós desejamos o que nos falta. Porém, em Deus não há nenhum tipo de falta. Ele é plenamente completo. Acontece que Deus quis nos criar. Mas, se Ele não precisa de nós, para que nos criou? Simplesmente para nos comunicar a Sua felicidade.
No entanto, o homem traiu a Deus; respondeu à infinita bondade divina com a baixeza do próprio egoísmo. Por causa disso, ele foi excluído daquele estado de felicidade, somente possível na amizade divina. O homem se viu frustrado; estava impedido da plena alegria para a qual fora criado, e tudo isto porque, tendo sido feito para o Amor, ele tinha negado este amor com o seu egoísmo. Porém, Deus não desiste do homem e realiza algo soberanamente único. Diz-nos o Apóstolo João:
"De tal forma Deus amou o mundo que deu o Seu único Filho para que o mundo seja salvo". Vamos percebendo que toda e qualquer ação divina tem seu fundamento no amor. Se nós somos produtos deste amor, isto significa que o amor é a nossa natureza mais profunda. Nós nos realizamos e nos tornamos felizes quando aprendemos a amar ao modo divino. Frustramos a nossa felicidade quando, ao contrário, recaímos no egoísmo.
É porque Deus nos amou que podemos amá-Lo de volta. É o que diz o Apóstolo: "Deus nos amou primeiro". O nosso amor a Deus é, portanto, resposta. É como se Deus nos tivesse pedido em namoro, e espera a nossa aceitação ou a nossa recusa. E aqui está outro traço inerente ao amor: a liberdade. Deus nos amou de tal modo que nos fez livres; Ele respeita profundamente a nossa decisão: se O quisermos, seremos felizes. Mas podemos não querê-Lo, embora isto ponha a nossa alma na escuridão. Deus, no entanto, respeita a nossa decisão, qualquer que ela seja.
Se a nossa natureza tem sua felicidade no amor, importa que saibamos exatamente o que significa amar. Nós vivemos numa sociedade que fala de amor continuamente. Porém, será que ela sabe o que isto significa? Será legítimo o amor que tantas vezes vemos nas novelas, nos filmes, etc? Será que é amor o que certos adolescentes irresponsáveis vivem em certas festas ou em salas escondidas nas escolas? Não. Nós podemos chamar de "amor" exatamente aquilo que ele não é. Isto pode causar confusão. E, lembremos, se não aprendemos a amar, simplesmente não nos tornamos pessoas felizes. Amar é uma exigência da nossa natureza e é no que consiste a nossa relação com Deus.
Existem basicamente três tipos de amor: O Ágape, o Eros e o Filos.
Comecemos do primeiro: o Ágape. Deus é perfeito Ágape; o que caracteriza este amor é a plena doação e gratuidade. Por plena doação, queremos falar daquela disposição contínua de dar a Si mesmo. Se observarmos bem, a história da Salvação é a história de um Deus que continuamente se dá para conquistar seus filhos. Estes, embora absolutamente necessitados de Deus, costumam recusar esta amizade. No entanto, Deus simplesmente se dá. Cristo chegou ao extremo de "despojar-se de Sua igualdade com Deus e rebaixar-se à nossa condição". Ele continuamente se deu até a morte de Cruz. S. João, testemunha próxima de Jesus, nos diz que Ele nos amou ao extremo, meio que com excesso. O Ágape é todo doação e não se coloca limites. É como uma torrente violenta de água a derramar-se; é como uma cascata imensa e sem fim.
Quando falamos de gratuidade, queremos dizer que o Ágape ama sem esperar nada em troca. Não é interessereiro; não precisa de um motivo para amar. Nas nossas relações diárias, geralmente agimos com interesse. Gostamos de sentar perto de uma pessoa bonita, ou fazer amizade com alguém que tenha uma certa condição financeira. Convidamos pessoas importantes para a nossa festa, às vezes pensando que isto fará com que sejamos convidados depois. Fazemos certos favores esperando um retorno. Baseamos a nossa amizade no nível de prazer que podemos ter com a outra pessoa. Tudo isto é mais egoísmo que amor. Deus não é assim. Se fosse, Ele não nos amaria, pois não temos absolutamente nada para oferecermos a Ele e nada há de que Ele precise. O Ágape, portanto, simplesmente ama. Sta Teresinha de Lisieux dizia que "assim como a rosa, por ser rosa, perfuma, assim o amor, por ser amor, ama". Compreendendo essas características do amor Ágape, passamos a entender Deus de um modo um pouco melhor.
Falemos, então, do amor Eros. Este tipo de amor, do qual se originará o termo "erótico" é, ele também, um modo legítimo de amar, desde que esteja ordenado ao Ágape. Este Ágape é a fonte de todo e qualquer verdadeiro amor. Portanto, qualquer afeição que contrarie o Ágape, distancia-se do amor. O eros é aquele amor que sentimos por uma pessoa do sexo oposto e que nos inclina a amá-la de um modo exclusivo. Ele está na base do namoro e do matrimônio. O eros, portanto, envolve, além do mero afeto, um aspecto da sensibilidade que incorpora, também, o corpo. Não quer dizer que eros seja mera atração física. Este tipo de atração podemos sentir por umas cinquenta pessoas só num mesmo dia, rs. Não é isso o amor eros.
É importante especificar a sua relação com o Ágape, pois o eros, se se torna totalmente autônomo, tende a se desvirtuar. Como ele se inclina à união de dois indivíduos, quando afastado do Ágape, esta união pode se tornar um modo de egoísmo. É isto o que acontece com a "erotização" atual da sociedade. O "amor" é entendido como uma "relação genitalizada". Este tipo de experiência, não apenas se distancia do legítimo amor, como também o impede. E, se não vivemos o amor - é importante lembrar - não somos felizes. Uma sociedade, portanto, totalmente sexuada tende a ser uma sociedade angustiada. Para termos a prova, é só observar ao redor.
Quando, no entanto, o eros é vivido na sua ordenação ao ágape, ele se torna uma porta para o crescimento, para a felicidade, para a transcendência. O eros, deixado só, torna-se irresponsável. Imerso no ágape, no entanto, favorece a disciplina e a vitória contra o próprio egoísmo. Repetimos: é este amor que permite a união dos esposos e a constituição das famílias.
Por fim, temos o amor filos, que é o amor entre amigos ou irmãos. É o amor de amizade que devemos devotar aos nossos próximos. Ele não é exclusivo como o eros; no entanto, o tipo de união que favorece é, naturalmente, mais limitado que aquele. Fundado também no ágape, este amor nos ajudará a amar sem interesse os nossos amigos, a querer-lhes sinceramente o bem sem esperar nada em troca. É assim que se ama. Para realizarmos a nossa natureza, importa amar do jeito certo. Se apenas disfarçamos, isto é, fazemos de conta que amamos, caímos na hipocrisia que é um modo de zoação contra o amor. Os hipócritas são, na verdade, orgulhosos e egocêntricos.
Para que vivamos bem estes modos diversos de amor, é importante que tenhamos uma relação de proximidade com Deus, o puro Ágape, de onde descende todo legítimo amor. Se afastamos Deus da nossa vida, nem as nossas amizades nem os relacionamentos mais íntimos poderão garantir sua pureza. Só em Deus podemos ser bons. É o que diz Jesus: "Só Deus é bom". Sem Ele, portanto, não há bontade, isto é, não há amor.
Primeira Formação - A Fé
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Fábio Graa
on quarta-feira, 31 de agosto de 2011
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A Fé nos vem de cima; é dom de Deus. |
Pessoal, o programa para a formação de Crisma nos propõe, como primeiro tema, a questão da Fé. Como vimos, ter fé significa acreditar em algo. Esta atitude nos é muito comum. Dizemos que acreditamos nos nossos familiares, nos repórteres, no que dizem os livros ou no que nos ensinam nas escolas. Em todos esses casos, ter fé significa crer na palavra de alguém.
Quando se trata de ter Fé em Deus, a coisa complica um pouco, pois não temos conhecimento de Deus a não ser de modo indireto. Creio que nenhum de nós ouviu a voz de Deus na hora de dormir ou em outra ocasião. Como, então, ter fé na Palavra de Deus sem tê-la escutado? Não adianta dizermos que nos é suficiente ler a Bíblia, pois a Escritura não veio pronta do céu, como parecem pensar alguns. O que veio do céu foi uma pessoa, não um livro. Esta pessoa foi Nosso Senhor Jesus Cristo.
"O Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai" (Jo 1,14). Este Verbo do qual João fala é Jesus. Ele veio a nós e viveu conosco, caminhou conosco, e nos ensinou a verdade sobre Deus. Vejamos o que Ele diz aos Apóstolos: "Já não vos chamo servos, mas amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai" (Jo 15,15). São João nos diz, ainda: "Ninguém jamais viu Deus. O Filho Único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou" (Jo 1,18).
Portanto, se fé significa acreditar na palavra de alguém, seria preciso, para ter fé em Deus, acreditar na palavra d'Ele. Nós conhecemos esta palavra através de Jesus Cristo que, como vimos, veio até nós para nos ensinar.
Ter Fé em Deus, portanto, não significa sentir coisas ou imaginar conceitos a respeito de Deus. Não basta que tenhamos uma idéia pessoal d'Ele. Não há nenhuma garantia de que essa idéia seja verdadeira. Para que conheçamos a Deus de verdade, é preciso compreender as coisas que Jesus falou de Si mesmo e do Pai. É importante que a gente também entenda que não é suficiente imaginar coisas ou produzir sensações no íntimo da alma. Nada disso é a Fé.
Chegamos, então, a um outro ponto. Tudo bem que Jesus tenha falado de Si, mas que garantia temos nós de que essa mensagem não se distorceu no decorrer dos séculos? Respondamos do seguinte modo: sabemos que Jesus é Deus e, como tal, veio se comunicar a toda a humanidade. Se isso é verdade, então seria necessário que a Verdade que Ele veio trazer chegasse a todos povos, em todas as épocas, sem erros nem invenções. Como conseguir isso? Jesus sabia que, se apenas deixasse a sua mensagem solta, ela se modificaria, conforme as culturas e conforme as épocas. A única forma de garantir que ela permaneça a mesma é estabelecer uma autoridade que a guarde. E Jesus faz isso. Vejamos o que Ele diz aos Apóstlos: "Ide e ensinai" (Mt 28,19). Ora, quem ensina é porque sabe. Os Apóstolos foram os mais íntimos de Jesus, aqueles que estiveram com Ele em todos os momentos. O conheciam, portanto, profundamente e sabiam do que Ele falava. Jesus lhes ordena, então, que ensinem a todos aquilo que aprenderam. Pressentindo que algumas pessoas não iriam aderir à pregação dos Apóstolos, talvez pensando que poderiam ser cristãos sem isso, Jesus diz aos seus íntimos: "Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita". (Lc 10,16)
Aderir a Cristo significa, portanto, ouvir e obedecer aos Apóstolos que tinham recebido a autoridade, dada pelo próprio Jesus, de pregar e ensinar em Seu nome. A doutrina que era pregada por eles era tão importante para que os cristãos pudessem conhecer a Jesus que S. Paulo vai chegar a escrever: "Se alguém vos pregar um Evangelho diferente do que vos temos anunciado, ainda que seja um anjo descido do céu, seja ele excomungado" (Gl 1,8). Por que todo esse rigor? Porque é pela Fé que conhecemos a Deus. Se, porém, a fé é equivocada, isto é, se está errada, a nossa compreensão de Deus também vai ser falsa. Jesus quer, porém, que nós o conheçamos, pois nisto está toda a nossa realização, conforme João escreve: "Ele é a luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (Jo 1,9). Se nós não conhecemos a Deus, nós não somos felizes, não nos realizamos. E nós não conheceremos a Deus se tivermos uma fé errada. Daí a importância da fé.
Essa pregação dos apóstolos será o início da Igreja Católica e, no decorrer dos séculos, é ela quem vem guardando a Verdade dos erros e a ensinando aos povos, conforme a ordem de Cristo. Jesus, sabendo que alguns poderiam afirmar que a Igreja se perverteu em alguma época, profetizou a fim de que todos confiemos nela: "As portas do inferno não prevalecerão contra a Minha Igreja" (Mt 16,18). Se assim é, nós podemos ter absoluta segurança no que a Igreja ensina.
Quando, portanto, nós nos deixamos ensinar pela Igreja e aderimos à sua doutrina com nossa inteligência e vontade, Deus mesmo gera em nós a virtude teologal da Fé. Esta virtude é dom de Deus, isto é, não pode ser produzida por nós mesmos (Ef 2,8). No entanto, Deus a dá quando encontra na alma as devidas disposições. E quais são estas disposições? Justamente a submissão à doutrina da Igreja. "A fé vem pelo ouvir" (Rom 10,17).
É importante compreender todo esse contexto: a fé é dom de Deus, mas nós a recebemos quando nos abrimos. Quando Deus nos concede a virtude da Fé, Ele nos faz conhecer a Verdade que é Ele mesmo (Jo 14,6). É só conhecendo a verdade sobre Deus que podemos ter uma autêntica vida espiritual. Portanto, a fé é muito mais racional que sentimental.
Poderíamos, enfim, dar a seguinte definição da fé: "é um dom dado por Deus que nos permite conhecer a verdade sobre Ele, quando nos submetemos à doutrina católica". Sem a Fé, portanto, não conhecemos a Deus. Paulo nos diz também que sem a Fé ninguém agrada a Ele (Hb 11,6).
A Igreja nos ensina que a nossa vida tem por finalidade "conhecer, amar e servir a Deus". Vejamos que conhecer é o início. E nós só podemos conhecer a Deus pela Fé.
Quaisquer dúvidas, perguntem.
Que a Virgem Santíssima vos conduza. Que Deus vos guarde.
Fábio.